quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Equador









Consumo:

Álcool - 51,9%

Tabaco - 23,7%
De acordo com dados do Conselho Nacional de Controle de Substâncias Estupefacientes e Psicotrópicas (CONSEP), a cada ano diminui a idade em que jovens e adolescentes começam a consumir drogas no Equador. Muitos dos adolescentes começam a ingerir álcool aos 15 anos de idade, movidos pela curiosidade. Em seguida, passam a fumar cigarro e maconha e a usar substâncias mais fortes como a cocaína. Segundo o CONSEP, a maconha é a droga mais consumida entre adolescentes equatorianos. O conselho ainda revela que, entre as mulheres, o uso de drogas se inicia cada vez mais cedo e é cada vez mais freqüente. O CONSEP lamenta a inexistência de espaços adequados para a reabilitação de envolvidos com as drogas. Para corrigir o déficit, o Ministério de Saúde Pública (MSP) anunciou que pretende criar, no próximo ano, um sistema nacional de centros estatais de tratamento e reabilitação de jovens. (Hora Imbabura, pp. A7 - 30/09)
O problema de Drogas e tabaco em um povoado de baixa renda.
Vilcabamba um povoado com cerca de 4.000 habitantes no interior do Equador (650 km ao sul da capital, Quito) que a paranóia pela vida saudável ainda não encontrou. As condições sanitárias do local são um desastre --na maioria das casas, não há esgoto nem água encanada. Seus habitantes fumam, bebem álcool, comem muito sal, tomam muito café, usam drogas. E são um dos povos com maior proporção de pessoas centenárias no mundo --cerca de dez vezes mais do que a média. Centenários e saudáveis.
O problema é que lá carrega em si uma contradição. Apesar de viverem 120 anos e de não ficarem doentes, a conduta de seu povo está distante de ser regrada e a preocupação com a saúde passa longe de suas roças, puros e chamicos. O chamico é uma planta tóxica e alucinógena, também chamada de erva-do-diabo, que antigamente era usada por xamãs e indicada para acalmar dores fortes, como a do parto."Seus primeiros efeitos podem ser comparados com os da maconha; depois de algumas tragadas, somam-se os da cocaína", explica Coler. "Traz alucinações, pensamentos fantásticos, perda de memória, excitação e fúria." Em Vilcabamba, virou hábito diário.José Medina, 112, parou de beber sistematicamente aos 106 anos, mas de vez em quando ainda toma "um puro" (aguardente)"Aos amantes da virtude é insuportável que os vilcabambenses vivam mais tempo e em melhores condições que os que não têm vícios. Parece injusto", afirma Coler. "Nada do que eles fazem é recomendável."Um médico que foi estudar aquele povoado saiu de lá sem grandes conclusões e a única mensagem que deixou para aqueles senhores foi: "Não comam sal". Os longevos, é claro, ignoraram o conselho.Como agir sem regras a seguir? É difícil, acredita Coler, numa época em que a medicina ocupa um lugar muito parecido com o que já teve a igreja. "Se você segue suas vontades, paga com a doença. Sempre o estão castigando com o que você faz. Quem pode discutir hoje um conselho médico? Se a medicina diz, é verdade."

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